domingo, 6 de setembro de 2015

Homem que Sente




Madona  "Nossa Senhora da Assunção em Arraiolos"

''A vida já me trouxe muito. Eu nunca me esqueço disso. Gratidão parece ser a palavra do momento, mas é melhor tê-la em excesso do que em falta. Conheço muita gente assim.
Mas esta mesma graciosa vida também já me levou muito. E eu não me esqueço destas ondas. Rancor ou imaturidade? Não. Justamente pelo contrário. São lembretes: entre tantas mágoas da vida, eu aprendi a nadar.
Eu já perdi pessoas que muito amava. Algumas, por vontade própria. Outras, pela delicadeza da nossa condição humana. Eu já entreguei o coração para quem nunca esticou o braço. E já estiquei o braço para quem nunca teve um coração.
Não foram poucas as vezes que me afoguei. Mas aprendi a nadar. Agora, qualquer onda é marola. Talvez um dia eu me canse de enfrentá-las de frente. Mas já não importa mais. Eu também aprendi a boiar.'' 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O meu mundo não é perfeito

Estas palavras podiam ser minhas... mas eu não sei escrever assim..:"
"Torço por ti. Torço muito por ti. Não há um único dia em que não dê por mim a desejar-te o melhor. Aquele melhor que se deseja às pessoas de quem gostamos mesmo muito. Aquele melhor que se deseja às pessoas que queremos ver sempre bem. Aquele melhor que só se deseja às boas pessoas. 
Torço por ti. Torço muito por ti. E hoje sei que a sorte que construíste vai estar do teu lado. Sei que a fé que tens no teu deus vai ser uma constante no sorriso grande que te define. Sei que o esforço, a persistência e o entusiasmo vão ser os teus maiores aliados e que eu, a torcer tanto por ti, pertinho, pertinho, bem dentro de ti, vou estar a rebentar de orgulho, de um orgulho que transborda e que te vai esperar em cada final do dia com o sorriso e o abraço que guardo só para ti. Tu, que és para mim a definição certa de felicidade. de "às nove no meu blogue"

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Casa Branca

Sonho...  tranquilidade e aconchego.




Mercado

Vou experimentar o mercado saloio

Acreditar

acreditar a pensar na J.

as últimas semanas têm sido alucinantes, com muito muito trabalho. há pouco, na minha já habitual introspeção a caminho de casa, pensava com os meus botões que não são raros os dias em que o trabalho me ajuda a manter centrada. se excluir o ruído que os obstáculos provocam, no essencial das minhas funções há muito que me preenche e me mantém a cabeça ocupada. enquanto estou atarefada a marcar entrevistas, a procurar e pesquisar sobre convidados, a querer saber e fazer mais e melhor, a fazer aquilo de que mais gosto, esqueço-me daqueles momentos (cada vez menos frequentes) em que pequenas coisas alteram a minha boa disposição. aprendi a aceitar o cliché de que o tempo cura tudo com a mesma naturalidade com que acredito na velha máxima de que não sabemos o que a vida nos reserva.

hoje, entre uma música e outra, que escolhi propositadamente para um dia de humor mais cinzento do que gostaria, dei comigo emocionada com algumas recordações, que guardei num canto da memória assim que passei o portão da empresa. uma espécie de mecanismo de defesa, que me permite estar concentrada, sem deixar que as emoções afetem o meu trabalho.
ora logo hoje, mais um dia que começou com memórias que estavam guardadas no baú, com a eterna questão de como a vida consegue de facto desencontrar-nos das pessoas e dos momentos certos, e comigo a questionar demasiado e a encontrar tão poucas respostas, logo hoje, dizia eu, o meu caminho cruzou-se com uma das histórias de amor mais bonitas de que me lembro (diferente desta - que ontem me emocionou - no percurso, mas igualmente intensa). duas pessoas felizes, que o destino teimou em juntar, embora uma delas tivesse resistido. duas pessoas com aquele brilho no olhar de quem ama: o que faz, o caminho que percorreu, aquilo em que se tornou e a pessoa que tem ao lado. e é este exemplo, como alguns que vou conhecendo (bem menos do que desejaria), que me faz ter saudades de sentir a paixão arrebatadora que nos faz subir ao céu em segundos e por lá ficar a levitar, como se o resto do mundo não existisse, como se o tempo parasse. se é certo que gosto muito desta paz e desta tranquilidade de estar sozinha, também o é que, tendo já conhecido um grande amor, sinto a falta de tudo aquilo que ele me traz. porque, como ouvi há dias num programa de rádio, são os contrários que nos equilibram e dão alento para viver, para nos superarmos, para querermos ser a melhor versão de nós próprios. 
estes têm sido dias de recordações, nem todas felizes. mas aqueles momentos, com aquelas pessoas absolutamente inspiradoras, trouxeram-me de novo a certeza de que o amor existe, é mágico e pode estar onde menos esperamos.

domingo, 21 de junho de 2015

As 50 cidades de uma vida

Gosto de cidades. calcorrear ruas e praças, esplanadas e jardins,  pessoas e os seus costumes...
Há pouco tempo saiu uma listas das 50 idades que devemos visitar antes de morre. Ainda me faltam muitas. Vou começar pelas que já visitei. 

Apresento agora 5 e começar por Lisboa. Vou fazendo grupos de 5

Lisboa

Berlim e Postdam

Veneza

Florença
Bolonha

Filhos [2]


hoje refleti sobre o amor. Me peguei pensando nesse desenho que me tornei. Eu, que era um rascunho de gente até que ele voltasse a ser parte de mim. Eu, que vivia para mim e tão só para mim e nunca fui boa o suficiente comigo mesma para querer estar com alguém tão intensamente a ponto de não ser somente "com", mas sobretudo "em" alguém. Estou no seu pai, coração, corpo, mente, alma. Estou nele a cada segundo dos nossos dias. Eu, que nunca tive noção de tempo e cheguei a pensar que viver era tanto. Agora tenho pressa, tenho urgência dele. Estou nele em sentimentos que jamais soube que existiam e sequer nome têm; talvez tenham nomes em latim como plantas raras que tudo curam – e que poucos encontram nas densas florestas do cotidiano da nossa existência. Eu, tão desorientada desde sempre, ando sem bússola no meio dessa mata, exímia conhecedora que me tornei desde que entendi que minha existência havia se tornado uma coexistência. Sem ele, inexisto. Com ele, respiro. Reflito, filhos. Como é fascinante essa sorte que tenho de estar tão perto de mim mesma, toda a vida.»

Verão


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Para a J.

Hoje é o teu dia e queria dar-te a melhor prenda do mundo mas tu és para mim a melhor prenda que sempre tive.
Quero dizer-te... Nunca é tarde para fazer a coisa certa e coisas boas acontecem sempre!.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Filhos

Palavras que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:
Aos filhos.
«Uma lista de regras porque isso aqui está sempre muito livre e solto e pais existem para isso. Elaborar regras que determinem uma conduta aceitável. Vamos lá. Regras. Claras. Rígidas.
1. baguncem: a vida, os cabelos, as gavetas. Desconfiem de tudo, tudo que aparentar arrumado demais.
2. corram: se o espaço for mínimo – mas ainda assim possível – acelerem o passo. Correr nos dar o poder de fazer vento no rosto. Brincar de deus, ora. Agora, se o espaço for grande, voem.
3. se abracem: irmão abraçado faz muralha. Protege, acolhe.
4. falem um pouco mais alto que o necessário: onde tem voz de criança, no bairro, tem vida. Uma rua sem ruídos infantis é um beco sem saída.
5. tomem banho frio: rápido (por causa da falta de chuvas), mas tomem. Banho frio faz a gente lembrar dos ossos. E que estamos inteiros. Isso é para a vida.
6. comam juntos: fazer uma refeição sozinho é como rezar para um deus surdo. Quando os três estão à mesa, a alma se alimenta. 
7. leiam: é a única saída de emergência que salva do incêndio lá fora.
8. sujem a casa: isso indicará que vocês vieram de algum lugar divertido e que poderão se divertir limpando tudo, juntos, depois. Fazer faxina é melhor que fazer terapia.
9. ouçam sua mãe: ela é a única pessoa do mundo que não irá disputar com vocês o que é certo e o que é errado. Quer apenas que vocês sejam felizes.
10: tenham um quintal: baguncem, corram, se abracem, falem alto, tomem banho frio, comam juntos, leiam, se sujem e ouçam sua mãe quando ela disser que é hora de entrar em casa.»

As nove e do seu pai.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Primavera

Gosto dos dias quem entram pelo noite dentro.
Neste dias maiores, com sol, vento, algodões no ar só quero...


"que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre elas."





domingo, 3 de maio de 2015

Mãe


Sou mãe todos os dias

Poema à Mãe
No mais fundo de ti, 
eu sei que traí, mãe
Tudo porque já não sou 
o retrato adormecido 
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras 
que há leitos onde o frio não se demora 
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo 
são duras, mãe, 
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas 
que apertava junto ao coração 
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas, 
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa; 
esqueceste que as minhas pernas cresceram, 
que todo o meu corpo cresceu, 
e até o meu coração 
ficou enorme, mãe!
Olha — queres ouvir-me? — 
às vezes ainda sou o menino 
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração 
rosas tão brancas 
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz: 
Era uma vez uma princesa 
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é enorme, 
e todo o meu corpo cresceu. 
Eu saí da moldura, 
dei às aves os meus olhos a beber,
Não me esqueci de nada, mãe. 
Guardo a tua voz dentro de mim. 
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"

Mãe

Para sempre
Porque Deus permite
que elas vão-se embora?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Pela estrada fora Espanha e Sul de França

Resumir as viagens que fazemos é sempre difícil, mas é um processo que ajuda a organizar a informação e, por isso, acho importante deixar aqui alguns  coisas importantes  para sítios  bonitos que não conhecemos. Assim com Nice e a Provença ainda bem presente. 
Deixo aqui o melhor. e o que mais gostei

A simpatia dos amigos que nos receberam,as pessoas, as paisagens, a comida....








O que recomendo
Toda a Provença


O que faria diferente
Aumentava os dias pela Provença

O que levo da viagem
A capacidade de absorver o que me rodeia, querer conhecer tudo em tempo record, saborear os dias e andar mais devagar


quarta-feira, 11 de março de 2015

Fores

Amarelo, amarelo, amarelo para comemorar o aniversário do F. 

Parabéns meu querido!
 


Amarelo! Por todo o lado. Espreita entre as ervas dos parques descuidados durante o Inverno, nas roupas da nova estação, no céu que desperta todos os dias com um novo objectivo. Aquecer-nos os dias, cada vez mais perto desta que é a estação mais bonita de todo o ano.
 


domingo, 1 de março de 2015

Março


Março é o meu mês. Mês em que nasce a minha estação do ano preferida. Março é o mês dos recomeços onde deposito sempre expectativas gigantes. Entro neste mês de coração cheio.
Espero a quietude que me guiou até aqui, A paz das manhãs demoradas e dos dias sem sobressalto.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Hoje


Palavras que podiam ser minhas, soubesse eu escrever assim:

«Persistir é um dom. Mas deixa eu aliviar uma angústia que o seu peito ainda nem sentiu. A gente, sabe-se lá a razão, recebe um aviso estridente quando se depara com alguém que irá nos acompanhar na jornada inteira. Pode ser uma reação química que nos acenda. Pode ser uma reação física que nos cole. Pode ser uma reação biológica que nos faça suar. Mas o aviso vem. Persistir com as pessoas certas, filho, é um dom. E desistir das pessoas erradas é uma arte.»Pedrinho Fonseca
às nove

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

É mesmo assim....

Estas palavras podiam ser minhas... se soubesse escrever assim tão bem...
«É um caminho que se percorre. Começamos por aprender a ser mais positivos, mais construtivos, a relativizar, a dar importância apenas ao que realmente tem importância. Enfrentam-se medos, constroem-se pontes de tolerância, aprende-se com os erros e admitem-se as falhas. Pedimos desculpa, definimos novos objectivos, traçamos metas e meios, lutamos até os alcançar. Rodeamo-nos de pessoas que respiram entusiasmo e alegria pela vida. Evitamos pessoas tóxicas, que estão sempre de mal com  a vida, ou com os outros, ou com a vida e com os outros; ignoram-se as que para cada solução encontram um novo problema. 
Fórmulas mágicas? Não há. Há apenas e só, uma imensa vontade de que cada dia de todos os dias tenha um bocadinho de sol. Mesmo que seja o sol que nós aprendemos a criar, mesmo que lá fora esteja muito nublado, cinzento e a chover. Há uma só vida para viver. E temos mesmo de fazer valer a pena.»

as nove

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Boyhood, Filme maravilhoso

Vi o maravilhoso filme, Boyhood, de Richard Linklater. 

Aqui
Antes de mais é fantástico que ele tenha conseguido pôr de pé um projecto destes - o filme acompanha a vida de uma família ao longo de 13 anos e foi, de facto, filmado durante esse tempo e sempre com os mesmos actores, o que significa que vemos os miúdos crescerem verdadeiramente, a passarem de crianças a adolescentes e depois a jovens, com as mudanças de voz e as borbulhas (acompanhamos Mason, a personagem principal, dos 5 aos 18 anos), ao mesmo tempo que o pai envelhece e que a mãe engorda e emagrece e os amigos ganham cabelos brancos, tudo isto sem recurso a postiços ou efeitos especiais. Linklater já tinha feito algo semelhante com a trilogia Antes do Amanhecer (1995), Antes do Anoitecer (2003), Antes da Meia Noite(2013), mas agora fê-lo de uma forma ainda mais radical. Em Boyhood, tal como nestes filmes, parece que não acontece grande coisa. A vida desenrola-se à nossa frente. Sem pressas. As pessoas falam muito, porque, na verdade é isso que fazemos durante a maior parte do tempo, falamos e falamos, e dizemos coisas sem importância nenhuma e outras que são muito importantes. As conversas são como as conversas verdadeiras, cheias de repetições e de interrupções e de hesitações. E os silêncios também. E as dúvidas e os sonhos que estas pessoas têm também. E de repente damos por nós a encontrar naquelas personagens imperfeitas e naquelas situações bocadinhos da nossa vida e das pessoas que conhecemos, seja um par de jovens que se encontra num comboio, seja um casal a tentar sobreviver à rotina, seja um adolescente que não sabe muito bem o que fazer com a sua vida. Ou uma mãe que batalha para refazer a sua vida ao mesmo tempo que educa sozinha os dois filhos. E depois os filmes acabam sem acabar, como a vida, que continua, sabe-se lá para onde.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Celebração


Alguns Lugares percorridos e bem vividos pela querida J.  que ficam para sempre na memória de todos nós. Sou eternamente grata pela tua coragem e forma com agarras a vida. 
[Celebro este fim de ciclo e começo de outro. Fui aprendendo a celebrar o tempo do fim e do começo de um novo ciclo. Fui deixando para trás as dúvidas, retrocesso e equívocos. Fui aprendendo a reconciliar-me com o sol que está dento de mim. Fui aprendendo a valorizar a resistência e a resiliência e a apoiar-me em tudo o que tenho de bom para lutar contra tudo o que ainda me trava. Confio na certeza de que a cada dia tudo recomeça. E que no que depende de mim, pode sempre ser melhor.
Alguém me disse um dia que «a vida vale sempre, sempre a pena». Nunca mais esqueci. Nunca mais me permiti esquecer.]

Estas palavras podiam ser minhas