O Verão está a acontecer outra vez.
Ter nascido sob o signo do sol determina amar os dias
de Verão como entidades sagradas e prestar-lhes um culto quotidiano mais
intenso do que em todas as outras estações. E não precisar (nem conseguir)
enumerar as razões do meu amor sagrado pelo Verão. Tal e qual como no poema: quando
puderes dizer o teu grande amor/deixa o teu grande amor de ser grande.
Assim mesmo. É uma coisa de viver. Só isso. A frescura muito limpa das
manhãs, antes de o mundo começar a aquecer. O céu azul-livre. Os sons e os
cheiros. Uma luz que só agora. As declinações infinitesimais da luz dos dias.
As luzes que alumiam as noites longas de Verão. A lua. As estrelas. A chama das velas. As celebrações a
propósito de pequenas coisas.
Mais
um Verão a começar outra vez. No início do mês-sol. Julho é tecido de
luz.
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