sexta-feira, 1 de julho de 2016

Verão

Estas palavras podiam ser minhas se soubesse escrever assim!



O Verão está a acontecer outra vez.

Ter nascido sob o signo do sol determina amar os dias de Verão como entidades sagradas e prestar-lhes um culto quotidiano mais intenso do que em todas as outras estações. E não precisar (nem conseguir) enumerar as razões do meu amor sagrado pelo Verão. Tal e qual como no poema: quando puderes dizer o teu grande amor/deixa o teu grande amor de ser grande. Assim mesmo. É uma coisa de viver. isso. A frescura muito limpa das manhãs, antes de o mundo começar a aquecer. O céu azul-livre. Os sons e os cheiros. Uma luz que só agora. As declinações infinitesimais da luz dos dias. As luzes que alumiam as noites longas de Verão. A lua. As estrelas.  A chama das velas. As celebrações a propósito de pequenas coisas.

Mais um Verão a começar outra vez. No início do mês-sol. Julho é tecido de luz. 

Sem comentários: