Foi um fim de semana para ficar na memória. Recebemos uns amigos em nossa casa. Excelente! Com muita música - fado -, muitos sabores muitos passeios e muita conversa paciente porque falamos numa língua que não é a nossa, o que não impede a comunicação e a amizade boa.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
rasgar...
«o que rasga mesmo são aquelas situações do intermédio. em que fechamos um ciclo, mas que, por mil razões do destino, já está outro ciclo aberto. e aí, aí é merda mesmo. porque custa a dobrar. a ferida aumenta todos os dias, porque cada lado puxa a pele, arrepanha, fere mais um bocado. e não há solução óptima. dói porque é sempre ontem que acabou, e ainda não fechou. dói porque vai ser sempre amanhã que começa, e ainda não se soltou o destino. e isso, rasga na alma. mas é aqui que se dá mais valor a quem ama. a quem sabe o que quer. a quem não desiste de ter apenas o melhor para si. e aqui já não é egoísmo. pelo contrário, é simplesmente sinceridade: querer o melhor do mundo para nós é apenas inteligência. simples.
por isso, corajosos são aqueles que enfrentam isto de peito cheio. que sabem que vai doer, mas que faz parte de uma luta maior: a luta pelo que se ama. tenho orgulho nos que, mesmo quando se sentem a rasgar por todos os lados, não param. vão em frente, correm, lutam. longe ou perto, são fortes. mesmo nos silêncios, não baixam os braços. mesmo no meio do caos, não deixam de querer. orgulho nos que sabem fechar o passado, porque querem um futuro livre. orgulho nos que se rasgam, mas que sabem que é apenas uma ferida ligeira. parece grande agora, mas daqui a uns dias, com o novo ar, cicatriza depressa. a marca vai ficar para sempre? claro. e ainda bem: porque é a maior prova do quanto se lutou por amor. é a marca da bravura de acreditar..»
Dedicado à J. e ao F. que são mesmo....mesmo os melhores. Muito bom a partir de momentos
por isso, corajosos são aqueles que enfrentam isto de peito cheio. que sabem que vai doer, mas que faz parte de uma luta maior: a luta pelo que se ama. tenho orgulho nos que, mesmo quando se sentem a rasgar por todos os lados, não param. vão em frente, correm, lutam. longe ou perto, são fortes. mesmo nos silêncios, não baixam os braços. mesmo no meio do caos, não deixam de querer. orgulho nos que sabem fechar o passado, porque querem um futuro livre. orgulho nos que se rasgam, mas que sabem que é apenas uma ferida ligeira. parece grande agora, mas daqui a uns dias, com o novo ar, cicatriza depressa. a marca vai ficar para sempre? claro. e ainda bem: porque é a maior prova do quanto se lutou por amor. é a marca da bravura de acreditar..»
Dedicado à J. e ao F. que são mesmo....mesmo os melhores. Muito bom a partir de momentos
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Vida e amor
«Gosto da surpresa dos dias, das coisas que não planeamos, dos instantes que acontecem sem que os tenhamos feito acontecer. Gosto desta conjugação cósmica, milimetricamente conjugada, que nos faz encontrar uns e desencontrar de outros. Há momentos em que tudo se junta e volta a fazer sentido só porque duas pessoas se cruzam no lugar mais improvável de todos. O único onde ninguém encontra ninguém pela simples razão de que é caminho de muito poucos. Não sei o que certas coisas querem dizer, mas sei que são sagradas, e, por isso mesmo, guardo-as como tal. Falo de coisas simples, como o olhar limpo, a verdade pura, o riso claro, a intimidade recta, e respeito fundo. Falo da substância do amor.»
Laurinda Alves -Coisas da vida
quinta-feira, 5 de junho de 2014
A vida
(...)com a vida fui aprendendo que nem tudo o que parece fácil é o melhor. ou sabe melhor. na profissão, nos amigos, nos amores, tudo o que é fácil nunca tem o mesmo sabor. no trabalho, são os projectos difíceis que dão luta. os já ganhos à partida nem lhes ligamos. como até no futebol: o Benfica este ano ganhou tudo. mas foi só por tudo o que se passou o ano passado (em que se perdeu tudo), que a loucura foi enorme. em todos os pequenos detalhes da vida, tudo o que obrigou a um esforço maior, tem mais valor. porque vale não só pelo que é, mas também pelo que foi necessário lutar para ser. por isso, acredito que algures onde se escreve o destino, se colocam dificuldades quase de propósito, para testar a fibra, o valor, a força dos que se querem. que no caminho da felicidade há sempre umas barreiras pré-teste, tipo: "ai acham que se gostam que nem loucos? então superem lá isto!! mostrem lá o que valem!".
e a vida tem nos testado muito a coragem. apertou-nos desde o primeiro dia. a vida, essa puta, só nos criou dificuldades, entraves, barreiras. o rio ia para um lado, e tivemos de remar contra a corrente, convencê-lo a mudar de sentido. tivemos de construir o barco, madeira a madeira, em cima dos rápidos, sempre a escorregar. andamos a remar separados tanto tempo, meio perdidos na corrente, a ir contra as árvores da margem, a bater nas pedras. a precisar de ir, para voltar. a precisar de cair dentro de água, para saber o que era a falta de ar - do outro. mas se fosse um rio calmo, não era o nosso rio. se não tivesse corrente, podíamos boiar, ficar parados no barco, apenas a apanhar o sol, mas esse não é o nosso rio. o nosso tem rápidos a toda a hora, tem gritos, tem risos, tem curvas loucas cheias de troncos selvagens, tem família tonta a gritar por nós nas margens, a lançar-nos a corda sempre que precisamos. o nosso rio tem cada dia mais força, é cada dia mais fundo, sem pé. é perigoso. mas só assim tem aquela água transparente, cheia de corrente, com sabor a fresco: água pura. rio difícil? sim, mas (também) por isso tão único.
em momentos
Subscrever:
Mensagens (Atom)